sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Alimentação pobre em fibras e vitamina C



Os dados do estudo sobre a prevalência da obesidade infantil não podiam ser mais preocupantes: 88% das crianças portuguesas fazem uma ingestão insuficiente de fibras presentes nas frutas e nos produtos hortícolas (sintoma de carência de legumes no prato e na sopa e de frutas à sobremesa); 97% ingerem açúcares a mais (abuso de bebidas açucaradas); 45 a 50% ingerem mais colesterol do que o desejável; 20 a 26% têm carência de vitamina C, devido à falta de fruta fresca; e 44% das raparigas e 39% dos rapazes ingerem insuficiente quantidade de cálcio (presente no leite e derivados).Este excesso de gorduras e de açúcares e o aprovisionamento "muito insuficiente" de fibras, vitamina C e cálcio representa um risco muito severo para a saúde infantil, adverte Pedro Moreira, docente da Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto, avisando especialmente para as doenças cardiovasculares.Há já provas anatómicas (verificadas em autópsias) de formação de placa arterosclerótica (entupimento das artérias) em rapazes a partir da puberdade e nas raparigas um pouco após esta fase de desenvolvimento, fenómeno que se verifica geralmente nos adultos na quarta década de vida. Em Maio passado , a opinião pública e os meios da saúde britânicos ficaram chocados com a notícia da morte, em Londres, de uma criança de 3 anos, devido a insuficiência cardíaca causada pela obesidade. Esta pesava 38 quilogramas, quando deveria pesar 14,5. Fenómeno crescente na Europa e nos Estados Unidos, a obesidade é uma das preocupações da Organização Mundial de Saúde.

Televisão está a engordar as crianças portuguesas

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